terça-feira, 7 de junho de 2011

Coaching, Visão Estratégica e Mudança no Ensino

O desafio primordial de todos os estabelecimentos de ensino públicos e privados é o de encontrar formas de acolher um futuro pró-activo e inovador e abandonar um passado de práticas pedagógicas que, pelo evoluir da sociedade, deixaram de ser funcionais para os alunos hodiernos. A Escola é um organismo vivo e aberto, na qual o coaching individual ou em equipa oferece-nos a possibilidade de trabalharmos de forma estratégica um conjunto de opções unânimes e contextualizadas, que visam mobilizar os recursos humanos necessários para atingir as metas traçadas.

O motor da Organização Escolar é a Visão Estratégica uníssona de um conjunto de relações interpessoais permanentes, por meio da partilha de padrões laborais, pensamentos, valores, emoções, competências, potencialidades, saberes, conflitos construtivos e saudáveis e resultados do desenvolvimento. Sendo, o Docente de Educação Especial, o mediador entre os vários intervenientes do processo educativo do aluno, deverá ser o facilitador, optimizador e mobilizador de todas estas trocas comunico-relacionais. Os conflitos interpessoais devem ser encarados como necessários, inevitáveis e potenciadores de mudança estratégica, ao serem trabalhados de forma envolvente, participativa e reflexiva.

O nosso desenvolvimento só é pleno quando há uma participação activa dos outros que nos oferecem feedback, nos fazem reflectir sobre determinados itens, através de perguntas inteligentes, são nossos comparsas na mudança, na alteração de comportamentos e na gestão eficaz do tempo, dos recursos e das competências.

Aquando de acções de coaching escolar, o coach pretende enfocar dois grandes pontos de melhoria: emocional, ao ajudar o outro a encontrar/trabalhar os próprios recursos interiores e estimulando-o na busca de soluções; cognitivo, onde a boa vontade na realização das actividades tem que ser complementada com esforço, dedicação e busca/confronto de fontes externas de conhecimento.

O Docente de Educação Especial “alimenta” e “alimenta-se” das relações pedagógico-educacionais do seu meio envolvente. Tem amor pelo que faz e pelos “clientes”, é íntegro por natureza e assume-se como aprendiz em permanente desenvolvimento.




A empatia, a auto-percepção, o auto-controlo e a auto-motivação (intrínseca) contaminam o clima e a cultura da organização, tornando-a acolhedora, confortável e positiva na transformação de ideias individuais em inovações grupais. É indispensável para o seu trabalho de coaching com alunos e professores, que a cultura da escola encare e trabalhe o erro produtivamente e que a competição profissional seja substituída pela cooperação funcional em busca de um resultado comum (ganhar-ganhar).


5º artigo de opinião semanal de Olga Narciso Vasconcelos

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